Engraçado ver o rumo que as pessoas vão tomando.
Parece que foi ontem que estávamos todos juntos na mesma sala, com aquela velha rotina, e passando bilhetinhos de papel.
Parecia que o mundo era ali, dentro daquele colégio, e as preocupações não passavam de uma briga entre amigos, um amor platônico, química e matemática. Todo o resto parecia tão distante, tão improvável.
Eu não sei que jeito natural é esse em que uma mesma linha vai se desdobrando em várias, se fazendo costumeira, e nos desligando de tudo o que nos era conhecido.
Virou passado. PASSADO. A idéia de que aquele tempo não volta é tão dolorosamente certa e imutável, que provoca uma saudade permanente, quase como a morte. Talvez seja isso mesmo. Morte. Seguida de um renascimento gradativo pro mundo que a gente sempre soube que um dia viria, mas não sabia que seria tão rápido assim. Um mundo desconhecido. Cheio de incertezas.
Nascem as preocupações "de gente grande", as tentativas de superações, a corrida contra o tempo pra conseguir ser tudo o que idealizaram que seríamos, tudo o que inventaram que é o certo; e talvez, até um pouquinho de solidão.
Hoje eu encontrei uma amiga que eu não via há tempos, assim, do nada, no meio da rua. Ela tá diferente, quase não reconheci.
E então vieram aquelas perguntas cotidianas que eu sempre tive medo que chegassem: "o que tu tens feito da vida? Tens visto fulano? E ciclano?", e o espanto com as respostas.
Chegaram muito mais cedo do que eu previa. E me fizeram pensar sobre como eu cheguei até aqui, pra onde eu estou indo, e porque eu vou?!
Existem coisas que eu nunca vou entender.
São só 19.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
"Nascem as preocupações "de gente grande", as tentativas de superações, a corrida contra o tempo pra conseguir ser tudo o que idealizaram que seríamos, tudo o que inventaram que é o certo"
a corrida tem que ser pra ser o que tu idealizas ser. ;)
Postar um comentário