sexta-feira, 29 de agosto de 2008
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Técnica
Aprendi uma nova técnica:
Tome primeiro um Allegra (anti-alérgico). Se for rinite, vai passar ou melhorar na certa. Se não obtiver resultados, é gripe. Ai toma benegripe, naldecon, redoxon, trimedal (...), muitas opções!
Adoro ser esperta.
Tome primeiro um Allegra (anti-alérgico). Se for rinite, vai passar ou melhorar na certa. Se não obtiver resultados, é gripe. Ai toma benegripe, naldecon, redoxon, trimedal (...), muitas opções!
Adoro ser esperta.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Ilusionismo.
Senhores chineses responsáveis pela abertura olímpica,
Infelizmente eu dormi. Não consegui ver o espetáculo que todos dizem ter sido, e deve ter sido mesmo. Mas quer saber? Depois dessa que eu fiquei sabendo ontem, melhor não ter visto. Como assiiim preteriram a chinesinha de cantar só porque ela é gordinha????
Em um evento de dimensão mundial é, no mínimo, um absurdo que esse tipo de discriminação possa ocorrer. Já não basta todas as mazelas que o mundo enfrenta devido ao preconceito e a supervalorização de uma raça frente à outra. Já não basta, aqui no Brasil mesmo, terem tacado fogo em índio?! Não basta o bulling e até os suicídios, isso mesmo, SUICÍDIOS decorridos disso?! E as guerras religiosas? E as repressões? E o ITA, o nazismo?
Exagero? Não. Tudo isso são formas de preconceito; e preconceito, meus senhores, da forma que for é ignorância e brutalidade. Brutalidade. Em um mundo em que todos compram o "bonito", não importando toda a podridão que exista no interior. E pra mim, vocês vão me desculpar, mas foi essa a imagem que a China passou. Linda por fora. Podre por dentro.
A chinesinha que apareceu dublando, ops, "cantando" o hino da China é realmente linda. Mas é uma máscara. E tudo o que é mascarado perde o sentido, a não ser no carnaval. E se a noção de beleza para vocês for esconder uma CRIANÇA por ela não ter os padrões que a globalização inventa, for dizer que uma pessoa não é boa o suficiente para representar o país por causa dos seus dentinhos afastados, for rebaixar, discriminar e fazer acreditar que uma menininha de 7 anos de idade é motivo de vergonha por sua aparência; então, senhores chineses, vocês é que deveriam sentir vergonha.
Fogos de artifício são ilusionismos, afinal.
Infelizmente eu dormi. Não consegui ver o espetáculo que todos dizem ter sido, e deve ter sido mesmo. Mas quer saber? Depois dessa que eu fiquei sabendo ontem, melhor não ter visto. Como assiiim preteriram a chinesinha de cantar só porque ela é gordinha????
Em um evento de dimensão mundial é, no mínimo, um absurdo que esse tipo de discriminação possa ocorrer. Já não basta todas as mazelas que o mundo enfrenta devido ao preconceito e a supervalorização de uma raça frente à outra. Já não basta, aqui no Brasil mesmo, terem tacado fogo em índio?! Não basta o bulling e até os suicídios, isso mesmo, SUICÍDIOS decorridos disso?! E as guerras religiosas? E as repressões? E o ITA, o nazismo?
Exagero? Não. Tudo isso são formas de preconceito; e preconceito, meus senhores, da forma que for é ignorância e brutalidade. Brutalidade. Em um mundo em que todos compram o "bonito", não importando toda a podridão que exista no interior. E pra mim, vocês vão me desculpar, mas foi essa a imagem que a China passou. Linda por fora. Podre por dentro.
A chinesinha que apareceu dublando, ops, "cantando" o hino da China é realmente linda. Mas é uma máscara. E tudo o que é mascarado perde o sentido, a não ser no carnaval. E se a noção de beleza para vocês for esconder uma CRIANÇA por ela não ter os padrões que a globalização inventa, for dizer que uma pessoa não é boa o suficiente para representar o país por causa dos seus dentinhos afastados, for rebaixar, discriminar e fazer acreditar que uma menininha de 7 anos de idade é motivo de vergonha por sua aparência; então, senhores chineses, vocês é que deveriam sentir vergonha.
Fogos de artifício são ilusionismos, afinal.
sábado, 16 de agosto de 2008
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Sonhos.
Eu sonho com uma vida simples, numa casa não muito grande, meio branquinha, meio coloridinha. Casa, não apartamento. Quero alguém pra envelhecer junto, e que quando estivermos beeem velhinhos, a gente sente em algum lugar qualquer e veja tudo o que construímos juntos. Eu quero a certeza dos velhos e bons amigos perto nos dias chuvosos, e também os quero pra compartilhar os dias de sol. Quero dias de praia, com muito sol e, em volta, só pessoas queridas. Quero viajar pros lugares mais improváveis, e também pra'queles em que a gente sempre vê nas revistas e cartões postais.
Sonho em ter um bom emprego, uma família linda e um cachorro. E, ainda assim, manter a simplicidade. Quero sempre gostar das coisas simples. Do verde das árvores, dos céus estrelados e da lua... esteja ela cheia ou não.
Quero os meus pais e os meus avós. Quero vê-los envelhecendo saudáveis e tranqüilos. E sempre com a certeza de que eu os amo, acima de tudo. Quisera eu saber demonstrar!
Quero músicas antigas, filmes de amor, brigadeiro de panela, pijama de flanela.
Quero saúde pra poder viver tudo isso, e sensibilidade pra perceber. Quero leveza no coração e tranqüilidade nos atos. Quero aprender a compreender as pessoas e não cobrar tanto. Nem delas, nem de mim mesma.
Quero ter pessoas com quem tagarelar e comer pizza aos domingos. Quero continuar indo aos almoços de sábado na casa da vovó, e quero continuar extasiada em cada natal.
E quero, acima de tudo, saber ser feliz mesmo que eu não tenha nada disso. Porque felicidade existe pra quem sabe inventá-la. E a melhor forma de realizar tudo o que nós sonhamos é através dos nossos sentimentos, daquilo que vem de dentro. Felicidade atrai felicidade, afinal. E mesmo que as coisas não saiam exatamente do jeito que queremos ou esperamos, se soubermos ser felizes, tá tudo bem. Ou pelo menos, é nisso que eu acredito.
Sonho em ter um bom emprego, uma família linda e um cachorro. E, ainda assim, manter a simplicidade. Quero sempre gostar das coisas simples. Do verde das árvores, dos céus estrelados e da lua... esteja ela cheia ou não.
Quero os meus pais e os meus avós. Quero vê-los envelhecendo saudáveis e tranqüilos. E sempre com a certeza de que eu os amo, acima de tudo. Quisera eu saber demonstrar!
Quero músicas antigas, filmes de amor, brigadeiro de panela, pijama de flanela.
Quero saúde pra poder viver tudo isso, e sensibilidade pra perceber. Quero leveza no coração e tranqüilidade nos atos. Quero aprender a compreender as pessoas e não cobrar tanto. Nem delas, nem de mim mesma.
Quero ter pessoas com quem tagarelar e comer pizza aos domingos. Quero continuar indo aos almoços de sábado na casa da vovó, e quero continuar extasiada em cada natal.
E quero, acima de tudo, saber ser feliz mesmo que eu não tenha nada disso. Porque felicidade existe pra quem sabe inventá-la. E a melhor forma de realizar tudo o que nós sonhamos é através dos nossos sentimentos, daquilo que vem de dentro. Felicidade atrai felicidade, afinal. E mesmo que as coisas não saiam exatamente do jeito que queremos ou esperamos, se soubermos ser felizes, tá tudo bem. Ou pelo menos, é nisso que eu acredito.
domingo, 10 de agosto de 2008
Dia dos pais.
Se eu pudesse escolher qualquer dia do ano pra me dividir em duas, eu escolheria, sem dúvidas, o segundo domingo de cada mês de agosto. Seria hoje... e então, estaria tudo muito bem.
Dia dos Pais é um assunto que me deixa sensível.
Geralmente tem aqueles almoços de dia dos pais, em que a família se reune e fica todo mundo feliz.
Mas e eu, que tenho dois pais, como faço???
Eu não tenho direito de escolha. Vou almoçar com o biológico e pronto. Tudo programado.
Talvez seja sorte eu não poder escolher. Porque se eu pudesse, o que eu faria?
Escolher entre um e outro é simplesmente impossível. Eu ficaria triste se o fizesse.
Mas não vou negar que eu fico triste quando os meus pais saem de casa pra almoçar com os meus irmãos nesse dia, e eu fico. Esperando pra almoçar em outro lugar.
Fico triste de não poder passar com o meu padrasto, também. Porque ele sempre foi meu pai, sem a obrigação de ser. Foi ele que me ajudou com os deveres de casa quando eu era criança, que ficou preocupado e acordou no meio da madrugada pra me levar no médico e pra me buscar nos quinzolas da vida, que conhece o meu gosto musical, o meu humor matinal, os meus defeitos e qualidades. Foi ele que me botou no colo enquanto eu chorava, não importa o motivo. Poderia ser briga com a mamãe, briga com amigas, nota baixa ou coração partido. Ele sempre estava ali pra mim e sempre está.
Ele é o meu pai em todos os outros dias do ano, não tem como não ficar triste de não poder ser a "filhona" dele no dia dos pais.
Eu queria que ele soubesse de tudo isso. Eu queria que ele soubesse que eu choro quando eles saem. Não pra ele me botar no colo, como de costume, mas pra que ele soubesse que eu me importo. Mas eu sou covarde demais pra falar. Covarde demais até pra demonstrar. Covarde demais.
Então a única coisa que eu faço é abraçá-lo e dizer : "Feliz dia dos Pais, paizinho!", com o coração na mão por não ter dito mais nada.
Feliz dia dos Pais, paizinho. Você é e sempre será o meu pai do coração e ninguém nunca será capaz de mudar isso. Meu pai e amigo. Muito obrigada por ter escolhido me amar como filha. Muito obrigada por tudo.
E esse é o meu jeito covarde de dizer que eu te amo, sem que você saiba.
Dia dos Pais é um assunto que me deixa sensível.
Geralmente tem aqueles almoços de dia dos pais, em que a família se reune e fica todo mundo feliz.
Mas e eu, que tenho dois pais, como faço???
Eu não tenho direito de escolha. Vou almoçar com o biológico e pronto. Tudo programado.
Talvez seja sorte eu não poder escolher. Porque se eu pudesse, o que eu faria?
Escolher entre um e outro é simplesmente impossível. Eu ficaria triste se o fizesse.
Mas não vou negar que eu fico triste quando os meus pais saem de casa pra almoçar com os meus irmãos nesse dia, e eu fico. Esperando pra almoçar em outro lugar.
Fico triste de não poder passar com o meu padrasto, também. Porque ele sempre foi meu pai, sem a obrigação de ser. Foi ele que me ajudou com os deveres de casa quando eu era criança, que ficou preocupado e acordou no meio da madrugada pra me levar no médico e pra me buscar nos quinzolas da vida, que conhece o meu gosto musical, o meu humor matinal, os meus defeitos e qualidades. Foi ele que me botou no colo enquanto eu chorava, não importa o motivo. Poderia ser briga com a mamãe, briga com amigas, nota baixa ou coração partido. Ele sempre estava ali pra mim e sempre está.
Ele é o meu pai em todos os outros dias do ano, não tem como não ficar triste de não poder ser a "filhona" dele no dia dos pais.
Eu queria que ele soubesse de tudo isso. Eu queria que ele soubesse que eu choro quando eles saem. Não pra ele me botar no colo, como de costume, mas pra que ele soubesse que eu me importo. Mas eu sou covarde demais pra falar. Covarde demais até pra demonstrar. Covarde demais.
Então a única coisa que eu faço é abraçá-lo e dizer : "Feliz dia dos Pais, paizinho!", com o coração na mão por não ter dito mais nada.
Feliz dia dos Pais, paizinho. Você é e sempre será o meu pai do coração e ninguém nunca será capaz de mudar isso. Meu pai e amigo. Muito obrigada por ter escolhido me amar como filha. Muito obrigada por tudo.
E esse é o meu jeito covarde de dizer que eu te amo, sem que você saiba.
sábado, 9 de agosto de 2008
Sábado de manhã...
Quem em sã consciência acorda pra ir pra academia no SÁBADO DE MANHÃ???????????
Me internem.
Me internem.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Impossível não lembrar.
Vou contar uma historinha:
A Mãe Ana entrou nas nossas vidas em 1941, quando ela tinha apenas 17 anos e eu não era nem perto de ser nascida. Ela viu a minha avó nascer e crescer junto com todos os seus irmãos. Acompanhou a mudança pra Inglaterra (vovó com 5 aninhos), o primeiro namorado, o segundo, o terceiro, o casamento com o vovô, o falecimento do bivô, o nascimento dos 4 filhos (tio V., tia M., tio C. e, por último, o papai), e o crescimento de todos eles. Ela viu nascer e crescer a primeira neta da minha avó (que por acaso, sou eu hehe), e todos os outros netos.
Eu sei que todos nós da família temos uma relação especial com ela, cada um com uma história diferente pra contar. Eu não sei da deles, mas da minha, eu posso falar.
Eu sempre fui muito agarrada com os meus avós. Morei com eles até os meus 2 anos (que foi quando os meus pais se separaram), e depois, até os meus 13, 14 anos, eu passava todos os finais de semana lá na casa da vovó. De sexta à segunda. E posso dizer, sem sombra de dúvidas, que esse foi um dos acontecimentos mais marcantes da minha vida, pois ajudaram - e muito - a firmar quem eu sou hoje.
A Mãe Ana mora na casa da vovó desde que eu me entendo por gente. Conseqüentemente, ela fez parte de tudo isso.
Eu lembro de quando eu era pequena, a vovó costumava sair pra dançar com o vovô todos os sábados; eu morria de medo de dormir sozinha, e a mãe ana sempre ficava lá, sentada naquela cadeira vermelha atééé eu dormir. Mais ainda, até o vovô e a vovó chegarem, que era pra eu não acordar e me deparar sem ninguém.
Lembro também, que ela gostava de arrumar todas as minhas bonecas (sim, eu tinha um quarto cheio de brinquedos na casa da vovó. acho que mais até do que na minha própria casa) antes do final de semana chegar. E quando eu chegava pra brincar, estavam todas devidamente vestidas, penteadas e até com sapatinhos!
Ela também adoraaava bater um papo comigo. Sentava na mesma cadeira vermelha enquanto me observava brincar e se desatava a falar sobre o passado, sobre o antigo cachorro da família, que era acostumado com o frio e quando veio pro Brasil, morreu de calor, sobre o namorado ruivo que ela teve e quase se casou, sobre o quanto os meus bisavós eram bons e o quanto a vovó era linda e danada quando era pequena.
Eu ouvia tudo com atenção, embora não falasse tanto.
A Mãe Ana sabia que eu adorava pão de leite com geléia de manhã, e sabia que a minha favorita era a de jambo, a qual ela mesma fazia e não deixava nunca faltar.
Sempre que eu acordava, meu café já tava pronto. E ela sempre estava ali, com aquele sorriso lindo no rosto e falando "excuse moi" pra pedir licença e "thanks" pra agradecer alguma coisa. Imagina, eu é que tinha que agradecer.
Ela sempre teve os jeitos mais lindos de me chamar. E sempre fica sem graça quando eu vou abraçar ela (hehehe), mas responde quando eu mando beijinho!
Mãe Ana sempre fez questão de cuidar de todo mundo e faz até hoje, quando ela é que precisa ser cuidada.
Ela nunca saiu da casa da vovó.
Não por falta de oportunidade (o ruivo inglês realmente quis casar com ela e levá-la pra Inglaterra), nem por falta de incentivo.
Mas por amor, mesmo.
Por amor à nossa família que, de fato, também é a dela. E acima de tudo, por amor à minha avó. "Como eu poderia viver sem a minha Mzinha.?"
Hoje ela faz 84 anos. Tá de cabelo branco, meio esquecida, pergunta mil vezes a mesma coisa e se confunde toda ao contar as histórias.
Mas ela continua ali. E é impressionante, mas ela sempre lembra de fazer os meus sucos de goiaba e de cupuaço aos sábados, quando eu almoço na casa da vovó, porque ela sabe que eu não bebo refrigerante.
A Mãe Ana entrou nas nossas vidas em 1941, quando ela tinha apenas 17 anos e eu não era nem perto de ser nascida. Ela viu a minha avó nascer e crescer junto com todos os seus irmãos. Acompanhou a mudança pra Inglaterra (vovó com 5 aninhos), o primeiro namorado, o segundo, o terceiro, o casamento com o vovô, o falecimento do bivô, o nascimento dos 4 filhos (tio V., tia M., tio C. e, por último, o papai), e o crescimento de todos eles. Ela viu nascer e crescer a primeira neta da minha avó (que por acaso, sou eu hehe), e todos os outros netos.
Eu sei que todos nós da família temos uma relação especial com ela, cada um com uma história diferente pra contar. Eu não sei da deles, mas da minha, eu posso falar.
Eu sempre fui muito agarrada com os meus avós. Morei com eles até os meus 2 anos (que foi quando os meus pais se separaram), e depois, até os meus 13, 14 anos, eu passava todos os finais de semana lá na casa da vovó. De sexta à segunda. E posso dizer, sem sombra de dúvidas, que esse foi um dos acontecimentos mais marcantes da minha vida, pois ajudaram - e muito - a firmar quem eu sou hoje.
A Mãe Ana mora na casa da vovó desde que eu me entendo por gente. Conseqüentemente, ela fez parte de tudo isso.
Eu lembro de quando eu era pequena, a vovó costumava sair pra dançar com o vovô todos os sábados; eu morria de medo de dormir sozinha, e a mãe ana sempre ficava lá, sentada naquela cadeira vermelha atééé eu dormir. Mais ainda, até o vovô e a vovó chegarem, que era pra eu não acordar e me deparar sem ninguém.
Lembro também, que ela gostava de arrumar todas as minhas bonecas (sim, eu tinha um quarto cheio de brinquedos na casa da vovó. acho que mais até do que na minha própria casa) antes do final de semana chegar. E quando eu chegava pra brincar, estavam todas devidamente vestidas, penteadas e até com sapatinhos!
Ela também adoraaava bater um papo comigo. Sentava na mesma cadeira vermelha enquanto me observava brincar e se desatava a falar sobre o passado, sobre o antigo cachorro da família, que era acostumado com o frio e quando veio pro Brasil, morreu de calor, sobre o namorado ruivo que ela teve e quase se casou, sobre o quanto os meus bisavós eram bons e o quanto a vovó era linda e danada quando era pequena.
Eu ouvia tudo com atenção, embora não falasse tanto.
A Mãe Ana sabia que eu adorava pão de leite com geléia de manhã, e sabia que a minha favorita era a de jambo, a qual ela mesma fazia e não deixava nunca faltar.
Sempre que eu acordava, meu café já tava pronto. E ela sempre estava ali, com aquele sorriso lindo no rosto e falando "excuse moi" pra pedir licença e "thanks" pra agradecer alguma coisa. Imagina, eu é que tinha que agradecer.
Ela sempre teve os jeitos mais lindos de me chamar. E sempre fica sem graça quando eu vou abraçar ela (hehehe), mas responde quando eu mando beijinho!
Mãe Ana sempre fez questão de cuidar de todo mundo e faz até hoje, quando ela é que precisa ser cuidada.
Ela nunca saiu da casa da vovó.
Não por falta de oportunidade (o ruivo inglês realmente quis casar com ela e levá-la pra Inglaterra), nem por falta de incentivo.
Mas por amor, mesmo.
Por amor à nossa família que, de fato, também é a dela. E acima de tudo, por amor à minha avó. "Como eu poderia viver sem a minha Mzinha.?"
Hoje ela faz 84 anos. Tá de cabelo branco, meio esquecida, pergunta mil vezes a mesma coisa e se confunde toda ao contar as histórias.
Mas ela continua ali. E é impressionante, mas ela sempre lembra de fazer os meus sucos de goiaba e de cupuaço aos sábados, quando eu almoço na casa da vovó, porque ela sabe que eu não bebo refrigerante.
sábado, 2 de agosto de 2008
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