Sabe o que eu acho?
Que às vezes, nós somos muito injustos com nós mesmos e com a vida. Cobramos demais, esperamos demais, nos frustramos quando as coisas não saem exatamente do jeito que queríamos. Esquecemos que a vida não é um contrato comutativo, onde as prestações de ambas as partes são determinadas desde o nascimento. "Eu vou ser assim, Você será assado e ambos seremos felizes". Não.
Eu acho que tudo está mais pra um contrato aleatório, onde as prestações de uma ou ambas as partes depende de um acontecimento futuro e incerto. Como a mega-sena, por exemplo. Eu posso jogar mil vezes, mas o prêmio não me é garantido. Outrossim, fulano de tal pode jogar apenas uma vez com uma única cartela e desembolsar milhões. Injustiça? Aos nossos olhos, pode até ser que sim. Mas pra quem acredita em Deus, talvez não o entendimento, mas a compreensão é facilitada. É a velha historinha da tesoura.
E não adianta listarmos tudo de bom que fizemos. Não adianta bater o pé mil vezes, chorar, espernear, culpar a tudo e todos pela nossa intensa infelicidade. Não adianta...
"Ninguém é suficientemente bom ou ruim para deixar-nos tristes", afinal. O que acontece é que, assim como nós não conseguimos ser bons o tempo inteiro, as circunstâncias também não o conseguem. Seria muito fácil se tudo fosse perfeito o tempo todo, mas simplesmente não é.
Resta a nós, assumirmos as responsabilidades pelos nossos atos e aceitarmos as coisas ruins que por ventura acontecerem com a cabeça erguida e a certeza da volta por cima. Sempre damos um jeitinho.
E o alívio que dá ao reclamar, espernear, sofrer, é totalmente ilusório e momentâneo. Não nos sentimos melhor depois disso.
Agora, a paz que se restabelece na volta por cima, ah, essa é incomparável.
Futuro. Incerto.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
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